Tem que falar na linguagem DELES...

Ontem eu estava na cantina do clube onde eu me envergonho jogo basquete, tomando um Gatorade (sô esportista mano, tápensandoquê?) com um amigo. Em uma mesa próxima, um casalzinho adolescente (se bem que na verdade, com a habilidade que eu tenho de adivinhar idades, eles podiam ter qualquer coisa entre 7 e 52 anos) conversava. Namoradinhos, obviamente. Nada de mais.

Até que a conversa aumentou de volume e chamou nossa atenção. Liguei o radar. A menina pelo jeito estava terminando o namorico, e o guri demonstrava sérias dificuldades em aceitar o que estava acontecendo. Já no tom de voz mais exaltado, ela explicou da família (dela e dele), das dificuldades, da distância - e o guri não entendeu.

Ela explicou os sentimentos dela, suas frustrações com o namoro, e ele ainda não entendeu: deu mil argumentos de coisas que ele fez. E o tom de voz aumentando... Virou bate-boca e ela tentou explicar mais mil coisas, que eles não davam certo, já tinham separado e voltado seiláquantasvezes - e o moleke nada.

Ficaram em silêncio por alguns momentos e então a menina, voltando a um tom de voz normal, com as mãozinhas para a frente, palmas abertas, soltou a brilhante frase:

"João, é tipo assim... cê é da hora e eu gosto de você, mas tipo assim, eu já gastei todas as 'vidas' e todos os 'continues' desse namoro. Não tá rolando, é tipo assim game over, meu."

Powtz, fala sério! Essa menina vai ser um talento da psicologia!! Quando sair do maternal e for alfabetizada, claro.