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06/05/2020

Chandler

*Flashback de 1986/87*

Meu pai jogava bola todo final de semana, religiosamente. E me levava junto, para que eu jogasse com a molecada, os outros filhos da turma da pelada ali. Depois, a sagrada "cervejinha" com os amigos, enquanto eu tomava um refri e ficava escutando o bate papo deles (o resto dos garotos ia... sei lá o que ia fazer, eu nunca fui social demais e preferia ficar ali perto, para voltar logo para casa e para ouvir o papo dos adultos). 

Sempre tinha os "coroas" (na real eram mais novos do que eu sou hoje! hahahah) que ficavam se gabando de que poderiam ter sido profissionais, com alguma desculpa sobre o que tinha feito eles irem em outra direção. E eu lembrava de ficar maravilhado, pensando "nossa, que legal, estou aqui com esses quase jogadores profissionais!" (pô, dá um desconto: eu só tinha 7, 8 anos). Mais velho, ainda ouvindo as mesmas histórias, caçoava deles mentalmente enquanto ouvia e pensava no tanto que aquilo era só papo, "como podem falar tanta merda, tanta mentira, e todo mundo ainda concordar?? Se fossem bons mesmo, tinham sido profissionais"

*Corta para ano da desgraça de 2020. Dia 06 de Maio.*

Eu queria postar uma coisa no twitter hoje, mas me deu medo. Era o poeminha que escrevi esses dias, sei lá, achei legal a melancolia dele, achei que cabia em twits, e realmente me ajudou a clarear a cabeça. Mas bateu tanta insegurança que não o fiz.

Não é que eu ache que escreva mal. Também sei que não sou um grande escritor. Mas sempre gostei tanto de escrever, que a fantasia de que eu poderia ser escritor se me dedicasse, se "tivesse tempo", é uma parte grande de mim, do que sou. É reconfortante. Me dá uma crise de ansiedade real oficial pensar no que faria se fracassasse em algo que amo tanto, que tem tanta importância para mim (ler é provavelmente o hobby que mais amo na vida, sem querer ser presunçoso de maneira alguma - não arroto que só leio coisas de "alta qualidade", nem menosprezo o que outras pessoas leem. Mas confesso que já fiz isso, quando jovem. Tem que acabar o jovem). A mesma coisa com ilustração. Eu talvez tivesse algum talento, não sei, mas a real é que eu nunca fui atrás de verdade - e, nesse caso, eu inclusive tive oportunidade, e acho que é porque eu sabia que seria devastador se não desse certo.

Lembrei de Friends.

O que Chandler sempre quis fazer na vida era algo que fosse criativo (oi), mas precisava trabalhar (oi²) e arranjou um emprego em que se deu bem, mesmo sem dar muita importância (oi³) - e justamente por isso, que fazia com que não tivesse medo de arriscar, tornou-se bom naquilo. Com o tempo desenvolveu uma boa carreira, com bom salário, e foi ficando cada vez mais e mais difícil pensar em fazer qualquer outra coisa.

Eu sempre brinquei que era o Chandler por ser um loser com as mulheres e mesmo assim acabar com uma Monica e pelo senso de humor, pelo sarcasmo. Mas pqp, quando menos esperava, tá aí mais uma coisa em que posso dizer que sou como ele - claro, sem estar em uma "feel good sitcom", não tem como largar tudo para "focar na carreira que realmente gosta" (e, sendo sincero, uma grande diferença é que eu gosto bastante do que faço, me sinto bem realizado - ainda bem!) e isso ter alguma chance de dar certo.

Mesmo assim, essa fantasia é, paradoxalmente, a coisa mais real que eu tenho e não me sinto pronto ainda para abrir mão dela. Não sei por quê é tão difícil - teoricamente, eu não tenho nada a perder. Já faço algo que curto, sendo "bem sucedido" e isso é apenas um hobby, certo?

Certo?

Então por quê? Além de tudo, a máxima de que "o medo de perder tira a vontade de ganhar" (valeu, pôfexô!) dita que se eu não publico, ninguém lê, se ninguém lê, jamais vou poder tornar esse hobby minha principal atividade. Uma equação perde-perde pra coach nenhum botar defeito. Mesmo assim essa barreira mental permanece.

Qual a conclusão?

Vish, e eu lá sei*? Vim desopilar aqui justamente porque não tenho resposta alguma - e sejamos francos: dá uma olhada em tudo que postei aqui, eu por acaso tenho cara de quem tem alguma resposta pra qualquer coisa? Mal aê.
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06/11/2015

Foley

Uma curiosidade sobre a história do cinema (contada por um leigo que não sabe a história do cinema, então relaxem e aceitem a ironia - é bom avisar, antes que xinguem muito no twitter heheh):

No início veio o cinema mudo. Não demorou até que os estúdios e cinemas passassem a colocar trilha sonora ao vivo em seus filmes (não vou falar em datas, não faço idéia das datas! Nem sei se demorou pouco, na verdade. De repente demorou bagaráleo. Mas "Não demorou até" ficou legal pro texto), em geral nada mais que um pianinho, para ajudar a dar o "clima" com a trilha sonora. Então veio finalmente o advento dos filmes com som, uma grande revolução. E a experiência mostrou aos alienígenas hollywoodianos que o sistema mais eficiente – apesar de mais caro – não era gravar o som “ao vivo”, durante a tomada que estava sendo filmada: o vento e outros fatores externos (ruído ambiente) tiravam muito da qualidade e clareza do som que realmente importava – as falas dos atores e sons importantes para a história. Porrrrrrrrrrrrtanto hoje em Hollywood TUDO é dublado – inclusive os efeitos sonoros! Ou seja, além de atuar no filme (alguns não atuam tanto assim, eu sei...), depois os atores dão um "bis" dublando as próprias falas em estúdio.


E quanto aos sons??? Explosões, passos, vidro quebrando, socos, grilos, etc, etc etc??? Pouca gente sabe (de novo licença poética: não sei se pouca gente ou muita gente sabe, nem sei se de repente TODO MUNDO sabe, me deixa), mas existem profissionais especializados em "fingir" esses sons – são chamados de “foley artists”. São essas pessoas que, acreditem, são responsáveis por absolutamente TODOS os sons (menos vozes) que você ouve durante um filme (exceções à parte, é claro – sempre tem um ou outro filme, geralmente produções independentes - ou de artistas querendo ser “alternativos” - que não usam esse recurso. Ah, aliás: alguém aí além de mim já parou para se perguntar o por quê dos filmes brasileiros terem o som ligeiramente “estranho”? Pois é, em filmes tupiniquins, por questões de custo, isso em geral não é feito! Mas era feito, e muito, na época das radionovelas - uns trezentos e dezessete anos e meio atrás). E os caras fazem tudo isso com cada coisa nada a ver! Tipo, barulho de chuva já vi sendo feito com papel alumínio,

Aí foram um passo além: na propaganda abaixo, a agência da Honda na Inglaterra (não sei quem atende!) foi criativa, usando o processo de foley como a própria propaganda, alternando com imagens do carro. O resultado é incrível, dá a sensação de que você está ouvindo o carro, mesmo VENDO que são artistas de foley. Simplesmente perfeito.


Olha um link direto aqui.


O "ad" também está, é claro, no site da Honda inglesa (não quero ser processado, afinal de contas! Já não tenho dinheiro do jeito que tá...) O chato é que é um pouco mais pentelho de achar, tem que fuçar um pouco o site - em flash.


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....tá, tá... admito: tô sem inspiração, pôrra. Mas pelo menos tem algo legal pra ver e cultura no texto, ué! Reclamar do quê? =P

07/03/2014

A minha música

Bom, claro que ficar anos sem postar mais que duas ou três vezes no período ia ter seu preço, né? heheh

Enfim, sem comentários no post, queria compartilhar a música em que eu pensei enquanto o escrevi e nas várias vezes em que reli (sacumé: revisões):



Pois é, adorei essa música. Nada demais, né? Claro que também não é a música simples que descrevi, mas não era para ser exatamente uma homenagem ao Pharrell Williams. E a idéia surgiu de outra coisa, na verdade: enquanto fuçava o iutúbio, encontrei isso:



Pessoas de Dublin resolveram gravar sua própria versão do clipe. E ficou sensacional!! E não foram apenas eles: na seqüência vi outras versões, de Poznan (Polônia), Cali (Colômbia), Remington Park (Oklahoma, EUA), Cosenza (Itália), Zurique (Suíça), Belfast (Irlanda do Norte), Kelowna (Canadá), Porto (Portugal), Kwait, Malásia, Ilhas Maurício, e muitos, muitos outros. Pessoas comuns - jovens, idosos, crianças, coxinhas, garis, operários, construtores, motoristas, felizes, alegres, fazendo papel de bobos (na maioria) dançando a mesma música em vários lugares do mundo - uma música "pra cima", contagiante. Na hora pensei quão legal seria se a música contagiasse as pessoas de tal maneira que a alegria tomasse conta, quebrando barreiras de preconceitos, culturas, fronteiras, e todos simplesmente passassem a cantar juntos e ser alegres. Ah, e tem aqui do Brasil também, apesar de ter sido um grupo de dança, o que não é tão legal - até onde pude perceber, nas outras cidades até tem alguns dançarinos mas na maioria são pessoas normais (que muitas vezes nem sabem dançar) - se o grupo brasileiro tivesse incluído também gente "normal" teria sido mais legal.

Enfim, foi isso que gerou a idéia, e independente de gostar ou não de contos (ou desse conto, claro, heheh), recomendo ouvir a música. Daquelas que não dá para não sorrir e ficar mais feliz ao ouvir. O conto bem podia virar realidade, né?

Estou fazendo a minha parte. ;)

PS: Sim, eu assisti todos - foi quase hipnótico para mim, não conseguia parar. O do Kwait eu recomendo demais assistir, é sensacional - até pelas diferenças culturais (tem mulheres de burca dançando, homens de turbante, e jovens... iguais a jovens de qualquer lugar do mundo), mas principalmente porque O QUE É O CARA DE CAMISA LISTRADA, MEODEOS? =D

PS2: se alguém quiser fazer uma versão "amadora" aqui do Brasil, ME CHAMA! =]

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26/08/2011

Comer saudável o escambau!

Piadinha tirada do JumboJoke.com (traduzido pelo titio ogro aqui):


"Gillian McKeith é uma nutricionista escocesa guru da saúde que apresenta programas de TV no Reino Unido (seu programa "You are what you eat" - "Você é o que você come" passa na TV a cabo no Brasil) que propõe uma abordagem holística à alimentação e saúde, promovendo exercícios e uma dieta vegetariana de frutas e vegetais orgânicos. Ela recomenda "dietas de desintoxicação", irrigação do cólon e suplementos, declara que fermento é danoso, que a cor da comida é significativa nutricionalmente e exalta a utilidade de mapear suas espinhas e o exame detalhado de suas fezes e urina. Seu livro best-seller é chamado "You Are What You Eat".

Ela tem 51 anos de idade (nascida em Setembro de 1959), e essa é uma foto sua:







Nigella Lawson escreve sobre comida, é jornalista e Chef de programas de TV na Inglaterra. Ela só come carne, manteiga e sobremesas, e seus pratos são sempre preparados com esses itens em abundância. O jornal inglês The Sunday Telegraph chamou seu livro best-seller "How to Eat" de "o mais valioso guia de culinária publicado nessa década."Ela também tem 51 anos de idade (nascida em Janeiro de 1960, 5 meses de diferença).

E essa é uma foto sua:







Preciso dizer mais? Caso encerrado."

Se você achou que as fotos são meio tendenciosas para exaltar a diferença, eu também achei. Então seguem fotos do Google Images (escolhi, entre os primeiros resultados de ambas, as imagens que pareceram ter menos photoshop; sendo a melhor da Gillian e a pior da Nigella) para comparar:






É, não teve jeito: CASO ENCERRADO 2. Nigella Wins. Fatality.
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23/09/2009

Cultura bagaráleo II

Vez ou outra a gente aprende alguma coisa interessante nesse emprego. Antes falei de moda. Agora vou falar do quanto as pessoas podem ser influenciadas por empresas capitalistas. Na verdade, ia escrever um SENHOR texto sobre isso, usando de todo o meu lado socialista e humanista – praticamente uma dissertação de mestrado, doutorado, PhD ou algo do tipo. Mas como tô de saco cheio vou só citar rapidamente um fato curioso, interessante e, por que não dizer, meio ASSUSTADOR:

Lembram aquele chocolate que tentou emplacar no Brasil um tempo atrás, o tal de "Milka"? Fizeram um monte de propaganda na TV, mas não sacaram que a absoluta maior parte do povo brasileiro, ainda mais para "itens de luxo" (itens que não são essenciais para a vida – e mulheres, nem tentem espernear: chocolate não é essencial e pronto!) vai direto em PREÇO. E ficou um produto gostoso mas meio caro, com aquela embalagem roxa dele. Iiiiiisso, aquele da vaquinha mesmo (não, não essa). Pois é, essa marca é tão forte na Europa, mas tão forte, tão fodisticamente-poderosa-bagaráleo-não-tem-pra-ninguém-e-sai-da-frente-módafóca-senão-te-arrebento forte que em uma pesquisa na Alemanha, quando pediram para criancinhas pintarem uma vaquinha, SETE (isso, 7) de 10 (isso, DEZ) crianças – ou seja, pros incapacitados numericamente, 70% (POR CENTO) – pintavam a bendita vaquinha de ROXO.

É, roxo. O.o

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....QUE RAIOS DE VACAS ELES TÊM POR LÁ??? Isso significa que SETENTA (é, 70) POR CENTO (%) das crianças na Alemanha acreditam que as vacas são roxas. ROXAS! Que nem aquele imbecil do Barney ou um dos Teletubies (não o amarelo nem o verde nem o vermelho, o outro).

Tomei a liberdade, como FDP de plantão, de tirar algumas conclusões absolutamente desconectas da realidade:

1 - A doença da Vaca louca por lá é bem mais da hora, bródi.
2 - 70% das crianças alemãs consomem drogas
3 - As vacas alemãs não sabem que o movimento punk acabou faz tempo
4 - A população alemã é geneticamente defeituosa e 70% possui daltonismo grave
5 - Para os alemães, vaca = teletubie
6 - Vaca na Alemanha não conhece a lei Maria da Penha.


Sei lá, só estou pensando alto. Mas o dado é verdadeiro.
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14/09/2009

Pássaros + Fios = Música

Vi esse vídeo no blog da Thati (caraca, sempre o dela!) e achei DUCA. Como o próprio autor diz na descrição do vídeo, a idéia de pegar uma foto e usá-la para criar uma música não é exatamente original. Mas ficou muito bem executada - e a música ficou bonitinha! Ele tirou a foto de uma edição do Estadão e a coisa toda virou reportagem no próprio jornal (leia aqui).

Sério, por que ainda vem alguém aqui? Vão direto no blog dela, tudo que eu acho de legal vem dali! ;)
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05/06/2009

Pague o quanto quiser

Hoje vi um artigo interessante: um restaurante/café que não tem preços no menu. A idéia é o cliente pagar o quanto quiser - ou PUDER. O quanto achou que a refeição e o atendimento realmente valeram. Chama "So All May Eat", é localizado em Denver, Colorado, e o cardápio é todo orgânico (óbvio).

O conceito é muito interessante. O pagamento é colocado dentro de um envelope só aberto depois que o cliente foi embora, para evitar qualquer constrangimento ou pressão. Quem não puder pagar, a sugestão é que ajude na cozinha, lavando louça por uma hora (sério mesmo! Sempre achei que isso fosse lenda...), mas não é obrigatório.

A primeira coisa que me veio em mente é: os caras são loucos! Achei que iam levar calote da geral e fechar o restaurante - mas não. Deu certo, e de acordo com a reportagem pouquíssimas pessoas se aproveitam da política do restaurante para não pagar. O restaurante dá lucro. Pouco lucro, é verdade, mas dá lucro. E como ele foi criado com o propósito de ajudar os que não podem pagar nada, que seriam bancados pelos mais abastados (que pagariam um pouco a mais), dar lucro é bônus de qualquer maneira. Após dois anos, o restaurante/café está lotadaço, com vários dos clientes dispostos a pagar o preço cheio. Eles servem mais de 15.000 refeições por ano (!!), e graças à possibilidade de não pagar, ninguém mais no bairro passa fome. Alguém aí falou "solução ganha-ganha"?

Ainda acho que é questão de tempo até o ser humano voltar a provar que não merece confiança e eles não conseguirem sustentar o restaurante (ou passarem a cobrar pelas refeições). Mas é interessante acompanhar quando alguém tenta provar que estou errado.
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25/05/2009

Fobias estranhas

Estava lendo um artigo sobre fobias e vi uma pesquisitchas bem informal sobre o número de páginas que o Google encontra dedicadas a diferentes fobias bizarras - lembrando que a fobia é classificada como um medo mórbido e irracional. Achei interessante e resolvi compartilhar com miguxos e miguxas brazucas*:

*isso significa que não adianta fazer a busca em português, os resultados vão ser todos diferentes porque eu só traduzi essa lista. Chora não, neném, a vida é assim.

**não sei ao certo se é "fobia DE alguma coisa" ou "fobia A alguma coisa", então fui de de. Conforme-se.



Ai, gents, tenho fobia de fobia!

Fobia de batatas fritas - 1 página
Fobia do George Bush - 2 páginas
Fobia de ofurôs - 6 páginas
Fobia de hambúrgueres - 19 páginas
Fobia de liqüidificadores - 44 páginas
Fobia de aspiradores de pó - 98 páginas
Fobia de boliche - 119 páginas
Fobia de políticos - 145 páginas
Fobia de motocicletas - 203 páginas
Fobia do Google - 209 páginas
Fobia de nudez - 217 páginas
Fobia de cartão de crédito - 242 páginas
Fobia de bicicletas - 258 páginas
Fobia de blogs - 429 páginas
Fobia de banheiras - 563 páginas
Fobia de celular - 774 páginas
Fobia de bananas - 1.060 páginas
Fobia de internet - 1.170 páginas
Fobia de carros - 1.310 páginas
Fobia de casamentos - 1.320 páginas
Fobia de DVDs - 1.380 páginas

Fobia de fast food - 1.530 páginas
Fobia de dinheiro - 1.690 páginas
Fobia de peixe - 2.100 páginas
Fobia de sexo - 5.140 páginas
Fobia de palhaços - 8.240 páginas

Pronto! Informação suficiente para até EU me sentir normal por alguns minutos...
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21/05/2009

Polarização de Aceitação

Li recentemente um artigo de psicologia que me apresentou à teoria da polarização de aceitação. Poucas pessoas a conhecem, mas porra se não é uma das forças dominantes de nosso comportamento. Explico: pesquisadores descobriram que quando a gente ouve um argumento que vai contra nossas próprias opiniões, o lado emocional domina o cérebro.

É isso aí. Você achando que é super lógico, mas não é. Não nos casos em que está errado (mas fica calmo, eu também não sou. Nem ninguém, pelo visto).

Eu sempre disse que se existe um deus ele (sim, "ele", porque uma mulher jamais faria algo tão estúpido) é piadista. Vai dizer que não? Porque o que isso significa é que nosso cérebro, do qual a gente se gaba tanto, é programado para fazer a gente passar vergonha. Quando estamos errados, automaticamente nosso cérebro interpreta os fatos de uma maneira que justifique NOSSO ponto de vista, não importando o quão ridículo estamos sendo e quantas provas em contrário existam. Diferença entre os homens e os outros animais, sei! ¬¬

Certeza que deus se acaba de rir com essas cenas – e fala sério, para alguém que é onipresente, nunca deve ficar tedioso!

Portanto da próxima vez que você estiver em uma discussão com outra pessoa e ela der um argumento completamente fora de contexto, que não faça o menor sentido nem tenha nada a ver com nada, fique feliz: isso significa que você está certo. No entanto, prepare-se para não saber nunca quando você mesmo está fazendo papel de idiota, porque os argumentos de uma pessoa que está polarizada sempre parecem fazer sentido (para ela) – não importa se soa absolutamente ridículo para todas as outras.

Tá, eu sei que você já imaginou que, se estou falando sobre isso, provavelmente tenho um exemplo. E tenho mesmo – um não, uma porrada.

Mas não vou contar! Tem gente que lê isso aqui!!!
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07/05/2009

Cultura bagaráleo

Vez ou outra a gente aprende alguma coisa interessante nesse emprego.

Por exemplo: você, cara leitora, sabe como começou essa moda de calças jeans cintura "baixa"? (entre aspas porque é eufemismo) Aposto que você vai dizer: "ah, a Gisele Peitchen saiu na Caras usando e virou moda" ou então que "viram em alguma novela e virou moda" ou ainda, algumas mais incautas e talvez na tentativa de parecerem ousadas vão dizer que sempre usaram e que não seguem a moda. Pois é pois é pois é. [/Chiquinha] Sinto informar que estão erradas, todas vocês (porque imagino que os homens estão lendo esse post - se estiverem - por pura falta do que fazer).

Que virou moda é fato, não vou discutir. Que você, pequena rapariga, segue a moda e não inventou a cintura baixa (baixaria, na minha opinião) coisa nenhuma também é fato. Sabe quem inventou a cintura baixa? Quem inventou essa moda toda? Essa febre de mostrar calcinhas e cofrinhos pra cá e pra lá?

Um Gerente Industrial. Que chiquê, fala sério!!! Não foi o Alexandre Herchcovich (coméquescrevessaporradenome?), Ocimar Versolato (Ocimar??? Que sádico faz isso com o próprio filho???), Carlos Miele, Valentino, Dior, Versacci, Oscar de La Renta ou o caramba a quatro (aqui cabe agradecer à minha querida amiga л pelos nomes, já que eu não manjo bulhufas de moda). Uma empresa fabricante de calças precisava de qualquer jeito economizar uma grana pra ganhar ainda mais dinheiro. Aí apelou pro seu Gerente Industrial, um cara fino pacas, manja? Daqueles que usam a gravata na altura do peito e frouxa no pescoço, tem a pança grande o suficiente pra apoiar o prato enquanto come em frente à TV, graxa nas mãos, unha do mindinho cumprida pra limpar o ouvido e que naquele momento palitava os dentes depois de comer um baião-de-dois daqueles. Pois é, chamaram-no e disseram:

"Ôooo Zé! ZÉ! Mano, dá um jeito de cortar custo nessa pôrra de produção senão a gente corta o custo do teu salário, seu merda". O cara deu um arroto depois do último gole de Coca-Cola, coçou o ouvido com a supracitada unha do mindinho e pensou: "Oh! Creio que agora estou deveras em apuros" ou então "Xi, agora fudeu" – um dos dois. Aí voltou para a fábrica e mandou o operador de máquina cortar uns centímetros à menos. (qualquer generalização feita é puro preconceito MESMO e não corresponde necessariamente à realidade ou à opinião do autor ou do site. Como eu já disse em outro texto, o autor não se responsabiliza. Por nada. Tira sarro de maneira totalmente inconseqüente).

E você achando que estava no auge da moda, confessa!!! Arrasando com sua calça "mostro-meu-cofrinho-sim-que-eu-sou-sexy-bagaráleo"!

Agora, vocês sabem qual é a conseqüência mais genial de tudo isso? O mais fenomenalmente brilhante? Que faria o Doctor Evil colocar o mindinho na boca e carregar o "Mini-me" de cavalinho por toda aquela ilha dele e rolarem de êxtase na areia da praia?

É que a moda pegou. E pegou de jeito! E de tal jeito que as empresas de roupas aumentaram os preços das tais calças-com-menos-tecido-que-mostram-o-cofrinho-ou-a-calcinha-dependendo-do-caso. E estão ganhando rios de dinheiro com tudo isso.

Chuif! :'( É lindo isso! Tem horas que eu realmente me emociono de orgulho por ser um capitalista, formado em marketing e tudo. Ouié!

Ok, ok… é ÓBVIO que eu inventei os detalhes, né? O que é verdade: ela foi inventada realmente como uma forma de cortar custos, e acabou virando moda – é essa a história. Pô, vai dizer que não ficou MTO mais legal do meu jeito? Heheh ^.^
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15/04/2009

O melhor blog do mundo

Quem achou que eu ia deixar o ego dominar tudo ou que eu ia lamber saco de algum blogueiro popstar da meritocracia informal da internet (caráleos, nunca escrevi uma frase com tantos termos que eu não faço a menor idéia do que significam), dançou. Eu leio muitos blogs, muitos mesmo, e os melhores - na minha umirde opinião - são absolutamente ou razoavelmente desconhecidos. Não têm milhões de acessos diários e os donos são tão insignificantes na mídia social quanto... sei lá, eu.

A excessão à regra é o blog do Scott Adams. Isso, aquele nerd que criou o Dilbert e se deu mega bem sem saber desenhar um círculo que seja. Mas o cara é um gênio da comédia, vai por mim. O blog dele, só pra começar, é um blog de verdade - e segue a linha do que um blog deveria ser mesmo. Ou seja, ele escreve sobre sua vida, histórias que ele inventa, acontecimentos que rolam mundo afora, economia, pensamentos polêmicos, idéias geniais e merdas em geral. Debate com leitores, faz posts sobre comentários ridículos deixados no blog... porra, tudo que qualquer blogueiro de meia tigela (como eu) faz. Claro, com a diferença que ele tem milhões de fãs acessando diariamente e não meia dúzia de gatos pingados que acharam o blog no Google ao procurar por, sei lá, "ver iutub porno"ou "vício e filosofia" - e por que catzos o Google me linka nessas buscas? O.o Filosofia aqui, só se for de bar. Mas divago.

Enfim, é o melhor blog do mundo simplesmente porque o humor do cara é fodástico (coisa de deixar a gente pensando "cáspita, como é que ele conseguiu pensar nisso?", porque é engraçado e faz total sentido quando a gente lê, mas NUNCA faríamos a conexão sozinhos), e quando ele escreve coisa séria para fazer geral pensar, é coisa interessante mesmo. Mas a habilidade do cara de falar de coisas sérias tirando um sarro federal é de dar inveja.

Sei lá, tava lendo uns feeds atrasados e me empolguei com os dois últimos posts, sobre a corrupção e a forma de governo da China. Altamente recomendados pelo teor humorístico e ao mesmo tempo provocativo. E esse post não ficou nada do que eu tinha imaginado, mas agora já era! >.<
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14/04/2009

Leituras obrigatórias

Eu sempre leio as recomendações de livros que recebo - quase diariamente - graças à infelicidade de ter que fornecer e-mail para se cadastrar na Saraiva, Submarino e Amazon. Brincadeira, eu recebo porque quero: todos eles (acho) dão a opção de não receber os anúncios. Mas é que outro dia vi um livro na Amazon e não pude deixar de pensar que o título era uma merda tão grande que eu não imaginava que alguém leria saporra: "Can I be a Christian without being weird?" (tradução literal minha: "Posso ser Cristão sem ser bizarro?")

E não é que recebo uma piadinha com títulos estranhos de livros citando justamente esse? Achei os outros títulos tão ruins quanto, e resolvi compartilhar por aqui. Os créditos são do JumboJoke, e as traduções são minhas (fiquei com preguiça de pesquisar se esses livros foram lançados no Brasil... mal aê):

1 - If God Loves Me... WHY CAN'T I GET MY LOCKER OPEN?
(Se Deus me ama... POR QUE NÃO CONSIGO DESTRANCAR MEU ARMÁRIO?)

2 - Can I Be a Christian Without Being Weird?
(Posso ser Cristão sem ser bizarro?)

3 - Insects Are Just Like You And Me Except Some Of Them Have Wings
(Insetos são iguais a você e eu exceto que alguns deles têm asas)

4 - I Don't Remember Dropping The Skunk, But I Do Remember Trying To Breathe
(Eu não lembro de ter derrubado o gambá, mas lembro de tentar respirar)

5 - Trying To Get Toothpaste Back Into The Tube: Making Choices You Don't Have To Undo
(Tentando colocar a pasta de volta no tubo: fazer escolhas que você não tem que desfazer)

6 - The Industrial Vagina
(A Vagina Industrial)

7 - Bombproof Your Horse
(Deixe seu cavalo à prova de bombas)

É isso aí. Com direito aos links para comprá-los e tudo. Quem for doido de ler, depois me conta se gostou...
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27/03/2009

Conectividade

Ok, não traz nenhuma informação útil (para mim, talvez os gurus da "mídia social" - desculpem, mas me recuso a usar um termo tão facilmente "traduzível" em inglês - discordem da inutilidade da coisa) mas achei interessante: uma ferramenta que mapeia a interconectividade de suas "conversas" no twitter (porque twitter não é pra postar, pelo que vi até hoje: é uma grande sala de chat onde as pessoas falam merda indiscriminadamente o dia inteiro).

O meu mapa ficou assim:


Quer fazer o seu? Clica no mapa para ir para o site social collider!

Achei mais legal porque curto muito aquele lance de "6 graus de separação" e talz. Sempre me fascina o quanto nós, como seres humanos, temos a capacidade de nos sentirmos sozinhos quando estamos na verdade tão próximos de tanta gente.

Enfim, mapa do Twitter visto (e plagiado inspirado) no blog dela.
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14/01/2009

Notícias literárias: Machadão era blogueiro

Ganhei uma revista digrátis, da Época. Tá, foi de SETEMBRO de 2008. Mesmo assim a capa era interessante, falava de Machado de Assis e eu gosto das historinhas dele, então peguei. O legal é que te dão o "super brinde grátis" só pra depois quererem te vender assinaturas e etc.

Péraí: você me dá uma revista velha e acha que isso vai me motivar a COMPRAR algo? Ok, continua tentando então. Peguei a revista e quando começou o discurso "A editora Globo te dá um super desconto, vejasó" virei as costas e fui embora.

E não é que lendo o referido artigo descobri que ele foi precursor dos blogueiros?? Sério! Machado de Assis, Alexandre Teixeira de Melo, Casimiro de Abreu e outros medalhões. Na falta de internet em 1860, eles utilizavam os jornais para publicar suas cartas abertas um para o outro e falar mal de seus inimiguinhos. Ou seja, a mesma coisa que blogueiros fazem hoje em dia usando a internet. A grande diferença é que o cara se tornou um dos maiores escritores de todos os tempos, conseguiu empregos públicos que garantiram uma renda polpuda pro resto da vida e usava frases como:

"Sofreste tanto que até perdeste a consciência do teu império; estás pronta a obedecer; admiras-te de seres obedecida".


Ok, sinto-me devidamente humilhado. À partir de agora escreverei assim. (NOT)


Foto exclusiva do BlogCamp de 1860
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22/12/2008

Idéias pro Natal: brinquedinho mortal legal!

É Natal, época de dar presentes (e acho que é anivesário de um carinha aí também, mas hoje em dia ninguém mais pensa nisso). Aí você quer dar um presente para uma menina, entre 6 e 11 anos. Uma boneca é o pensamento mais imediato, certo?! E do quê as meninas mais gostam de brincar? De casinha, dar comida para a boneca, essas coisas. Então, se você é um fabricante de brinquedos, não há idéia mais brilhante do que criar uma boneca ou um boneco que realmente COMA a comidinha, é ou não é?

Mas para toda boa idéia tem um estagiário idiota. Você com certeza conhece algum. Pois bem: a Mattel pegou essa brilhante idéia e criou um boneco que mastiga de verdade! Olha que lindo! Fofo! Cuticuti! E, claro, tem que ser algo de qualidade! Então colocaram engrenagens e motorezinhos bem fortes e resistentes. Aí fizeram um bonequinho todo fofinho e bonitinho para atrair crianças de diversas idades. E ele ainda fala, pedindo com uma voz fofa para darem comida para ele!!!


“Oi! Conhece o Chucky? Eu que ensinei tudo pra ele!”

Só esqueceram duas coisas.

Que crianças enfiam o dedo em tudo que é canto, desde tomadas até boca de boneco. E que um boneco não sabe a diferença entre uma cenoura, um tubo de cola e um dedinho gordinho de menininha bonitinha americanazinha. Detalhe: ele não tem botão de desligar: ele realmente não pára até acabar o lanchinho dele. Ou seja, o que você colocar na boca do bonequinho bonitinho, ele usa os fortes motorzinhos que tem na boquinha para mastigar sem parar, até acabar a comidinha. Ou o dedinho. Ou o cabelinho. Ou aquilo mesmo que você pensou porque é um(a) pervertido(a). Ele vai mastigar até o fim. Pense nisso da próxima vez que for dar risada da frase “cospe ou engole”.

Ou seja, você pegou um triturador e embalou em algo fofinho, de aparência inocente e com altíssimo apelo para crianças, criando acidentalmente uma armadilha perfeita – que, além de tudo, não tem acesso fácil para ser desligada (tem que arrancar a pilha mesmo). Não é demais?

Resultado da investida da empresinha americanazinha que botou o estagiariozinho para criar o bonequinho bonitinho: 35 menininhas tiveram seus dedinhos comidinhos, trituradinhos, fraturadinhos, ou tufinhos de cabelo arrancadinhos de suas cabecinhas, em diversos casos indo parar no hospitalzinho, antes da Mattel decidir retirar o boneco do mercado e fazer um “recall” das 500 MIL unidades que já tinham sido vendidas.

Pena! Eu já tinha encomendado uns 10 pra distribuir entre a primaiada. Tudo bem, logo mais inventam algo tão perigoso quanto. No meio tempo, vou continuar dando de presente pras "criança" estiletes e outros objetos cortantes.
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17/12/2008

BOA!

Por que toda vez que entro aqui eu sinto vontade de tirar o pó? *disfarça*
Sei lá. Mais uma das perguntas universais que provavelmente não têm resposta, como "O que é a alma?" ou "Por que a Sony passa comerciais de Brazil's Next Top Model 9.834 vezes por dia?".

E já disse que não tem resposta, então nem sejam engraçadinhos. (brincadeira. Sejam sempre engraçadinhos. Propaguem o amor e o humor! merda de espírito natalino)

Enfim, vi o seguinte peso de papel no site dela e achei DUCARALEO:


"Se você está atravessando o inferno, continue". É tradução literal mesmo.

Não é autobiográfico, as coisas por aqui estão muito bem, obrigado. Mas a frase é ótema.
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17/06/2008

Taras esquisitas

Olhaí, não faz um mês que falei sobre esses rankings idiotas e hoje já veio outro, pra bater recorde: elegeram as MAIORES TESTAS de hollywood.

Sério. ¬¬

Meu, tipo assim, não é total falta de assunto falar de testas? Porque tudo bem, eu sou um grande defensor da liberdade individual: cada um com a sua tara. Tenho amigos(as) que curtem sadô, tenho amigos(as) homossexuais, tenho até amigos(as) heterossexuais.
E é claro que sei que no mundo tem de tudo (tudo mesmo) - tem gente que gosta de pés, tem gente que se excita com saltos altos (usando, ou vendo... ou ambos), tem gente mais básica que curte bunda e peito ou costas e braços, e por aí vai até doido como eu que gosta de sovaco peludo suado. Para não falar das golden showers e bestialidades da vida (cachorro, cavalo, ornitorrinco, salamandra, dragão de komodo).

Tudo isso eu faço respeito e até entendo, mas TESTAS? Jura?

Enfim, desabafo à parte, só queria comentar que dois me chamaram a atenção: a Cristina Ricci e o eterno barrado-no-baile Luke Perry. Powtaquepariw, imagina se esses dois têm um filho juntos??? *Coneheads flashback* O.o

+

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02/06/2008

Completem a frase: golpe do..?

E aí que saiu na Forbes uma lista com as Realezas mais desejadas do mundo. Powtaquepariw, fala sério, esse deve ter sido o ranking mais fácil de fazer da história do planeta. Mais fácil que índice de corrupção no Brasil (alguém aí disse "100%"??? Que maldade.). Mais fácil que mulher feia em fim de festa. Os caras resolveram fazer uma lista com as 100 pessoas da nobreza mundial (literalmente: Príncipes, Princesas, Shrek, o Burrico, Cinderela, Bela Adormecida, Branca de Neve e companhia) mais desejadas.

Cara, sou só eu ou só o fato da pessoa ser 1-EXTREMAMENTE rica; 2-MUITO bem educada; 3-EXTREMAMENTE RICA; 4-PODRE de rica; 5-Cheia da grana; 6-Mais grana ainda; 7-Pele de bebê; 8-Uma boa conta bancária; 9-Passe livre em tudo que é lugar do mundo; 10-sempre bem vestida; e 11-RICA BAGARÁLEO meio que já classificam a pessoa instantaneamente pra casório? Tipo, eu nem pensaria duas vezes em casar com a Princesa da Birmânia mesmo que ela fosse sósia do corcunda de notre dame ou da Dilma (tá, tudo tem limites). E normalmente as/os nobres têm grana de sobra pra dar um trato na lataria, então são no mínimo apresentáveis. Plástica tá aí pra isso, meu povo.

Se fosse eu, montaria a lista pela fortuna da família e pronto, apesar de eu não saber qual o critério que eles usaram (vai ver foi esse mesmo). Fora que ser realeza é como ganhar concurso de Miss logo no nascimento, né? A função da pessoa no planeta é andar de carro, iate e jatinho pelo mundo dando tchauzinho com a mão e abraçando crianças pobres pra fingir que se importa. Fazendo campanha por coisas mega controversas como "acabem com a fome do mundo" ou "retirem as minas terrestres do Putiquistão". Catzo, nunca vi alguém fazendo, sei lá, campanha pró-aborto ou pró-pesquisa com células tronco! Ou seja, faz carinha de bonitinha e cala a boca que tu é nobreza, perua. Joga pólo e paga de preocupado com política que tu é sangue azul, prêibói. Pô, eu quero esse emprego! Até porque paga bem.

Enfim, como sou homem, vou colocar aqui as fotos das Princesas (hah! Nem é cantada de pedreiro, pode chamar de "Princesa" na boa!) que encontrei, e desafio algum homem aí (e até algumas mulheres!) a dizerem se não "davam uns cato" nas gurias pra armar um belo golpe do baú. Pffft. Forbes, tá fraca de artigo, hein?! (para referência: o número 1 da lista foi homem, o tal Príncipe Valente da Inglaterra. Mulherada, ele já deu uns péga em brasileira! Podem sonhar!)

Princesa Beatrice:
(catava fácil!)

Isso, aproveita pra tirar foto ANTES de encher a cara, fófis.

Princesa Charlote Casiraghi:
(catava MEGA-fácil)

Ai, cansa essa história de ganhar milhões pra não fazer PN!

Princesa Theodora:

(a da esquerda? Catava fácil. O da direita também, mas depois de uns drinks)

Ai gente, sou a da esquerda, hein? A da direita é meu irmão!

Princesa Maitha bint Mohammed al-Maktoum (hein?):
(catava! ôoooooo! Filhote, no escuro todos os gatos são pardos, mas petro-dólar aceitam no mundo todo!)

Meu lema é "a beleza está no interior". Do banco.

Princesa Victória:
(precisa comentar? Tem cara de ser nojentinha na cama, mas pra quê servem aquelas camareiras todas no palácio, nénão?? Demorô!)

Ai gente, o que mais quero é a Paz Mundial! Li o Pequeno Príncipe e chorei!

Zara Anne Elizabeth Philips (não é princesa, é neta da sobrinha do tio do primo do gato real ou algo assim. Mas entra na lista.):
(catava também. Nobreza de segundo escalão, tá certo, mas ainda assim tem mais tutu do que eu vou ter na vida. E é bunitinha a mardita!)

Oi, tô de carona na nobreza. Mas quer saber? Foda-se!

27/05/2008

Febre virtual

Ultimamente eu tenho acompanhado intensamente alguns canais do Iútúbio. Isso além dos blogs que leio sempre, os ali da direita.

Desse jeito eu vou ter que começar a trabalhar menos para poder acompanhar tudo que gosto na net,
falasério!

Mas o que me chama a atenção é que a maior parte dos vídeos iútubianos que acompanho são feitos por pessoas normais. Tipo, comecei assistindo comediantes, Robin Williams, o GRANDE (literalmente e figurativamente) Rafinha Bastos (que é genial), trechos de filmes, clipes e trasheiras boas (tipo clipe original dos Menudos, coisa fina, de nível). Mas aí fui conhecendo gente que simplesmente fica gravando a opinião deles na forma de vídeo, e isso tem se
tornado uma comunidade gigantesca online. Meio como blogs, aliás. E as pessoas se "linkam" (do verbo linkar), trocam mensagem através de comentários e respondem aos vídeos uns dos outros com OUTROS VÍDEOS, além dos comentários por texto.

Cara, isso tem feito mal.
Porque fico vendo os vídeos e a galera animada e que se conhece e fala besteira pra caramba dando milhões de risadas e estou começando a morrer de vontade de fazer vídeos também - por enquanto, só comento nos que curto. Mas foi exatamente isso que aconteceu com essa joça aqui, aliás: eu lia muitos blogs bacanas (já finados, a maioria... como a Kritz, o Bunkerdaminalá - heheh, disfarça... - e tantos outros) e comentava, e e com o tempo fui querendo montar um meu. Pra falar merda mesmo, nada de mais (fácil perceber o QUANTO evoluiu, né?).

Aí acabei trombando com a apresentação de um professor da Universidade de Nova Iorque que estuda a internet e novas mídias em geral. E segundo o estudo que ele conduziu, para montar a Wikipedia (que todos devem conhecer) foram gastas por volta de 100 milhões de horas - somando o trabalho de cada LINHA de código de cada página, em todos os idiomas que a Wikipedia existe. Parece bastante, mas não é tanto se compararmos a outro dado que ele apresenta: só nos EUA, durante UMA partida de futebol americano do Superbowl, é gasta exatamente a mesma quantidade de horas assistindo a partida. E que, APENAS NOS EUA, são gastas 200 BILHÕES de horas assistindo TV, e isso só para PROPAGANDAS
- nem inclui o tempo dos programas e filmes em si. É muita coisa. Ele chama esse "excesso de tempo" gasto "inutilmente" com tv de excedente cognitivo. E o estudo dele mostra claramente a tendência das pessoas dedicarem um percentual cada vez maior desse excedente a tarefas que envolvam um sentimento de contribuição para essa "aldeia global" (o termo é batido, eu sei, mas fazeroquê se ele define bem a coisa?). As pessoas querem PARTICIPAR mais, sentir que fazem parte de algo. Isso é legal. Eu senti isso quando comecei a ler blogs e ainda mais hoje (mesmo com todos os TRÊS gatos pingados que lêem isso aqui). Achei interessante isso. E agora essa vontade de fazer vídeos, mesmo sem ter a menor NOÇÃO de edição de vídeo ou algo que o valha.

Mas se algum dia eu fizer algo do tipo "dança do siri" ou "dança do quadrado", me interna. Melhor ainda, me poupem da dor e sacrifiquem de vez. Pode ser em qualquer veterinário da grande São Paulo.


Zé do caixão no - seu - quadrado, ZédoCaixãonoseuquadrado!




** Para quem quiser assistir o vídeo do cara, ele se chama Clay Shirky. Não achei com legendas, então fica a dica pra quem manja alguma coisa de inglês: http://blip.tv/file/855937