31/08/2009

O e-miau ataca novamente

Não é a falta de assunto (dessa vez) que me leva a reproduzir integralmente esse e-mail que recebi em Julho (mas só li hoje, para vocês terem noção): ele diz exatamente o que eu sinto com relação à política.

O texto é creditado a
Nelson Motta, jornalista da área musical (até onde eu sei), mas não sei se é verdade - os erros grosseiros de português, que tentei corrigir ao máximo mas fiz meio correndo (se pegarem mais algum, me avisem!), me fazem pensar que não é dele, e aprendi há muito tempo a duvidar de tudo que recebo por e-mail. Independentemente do autor, o texto é fodástico e vale a pena: poderia ter sido escrito por mim, se eu soubesse escrever e tivesse conseguido colocar em palavras toda a raiva que sinto disso tudo. E se foi o Nelson Motta mesmo que escreveu e por algum puto de acaso do destino está lendo isso aqui... Mal aê, Nélsão! Entendo que escreveu na pressa e com raiva e alguns erros escapam mesmo. /disfarça

"INTOCÁVEIS E INVENCÍVEIS Não tenho mais nenhuma ilusão de um dia ver algum desses criminosos travestidos de parlamentares atrás das grades e devolvendo o que nos roubou. Eles são muitos, e invencíveis.

Sob fogo cruzado de denúncias, juntam-se para se defender (como fizeram PT e PMDB no Senado), embora digam sempre que é pela instituição - a mesma que aviltam e apequenam com seus atos.

O dinheiro roubado de nossos impostos, teoricamente, pode até ser recuperado - mas o crime de desmoralizar uma instituição não tem preço. O que nos resta? Confiar na Justiça? Na Policia? No ladrão? Com Sarney e Renam comandando o Senado e espantados com a descoberta das 181 diretorias??? A maior parte foi criada pelos dois! O resto, por Jader Barbalho e Lobão. E pior. Foram criadas por resoluções da Mesa e ninguém reclamou. E mesmo se reclamasse não adiantaria nada. Tudo dentro da Lei, na liturgia do cargo.

Seria um exagero comparar as disputas pelo poder no Congresso com as guerras de quadrilhas pelos pontos de venda de drogas nas favelas cariocas? Só porque uns vendem crack e cocaína e outros, privilégios e ilegalidades? Guerra é guerra, vale tudo na disputa pelos pontos de poder. Se um tiroteio é de balas, o outro é de números e nomes; mas sempre sobram balas perdidas.

E quando o cerco aperta, os dois bandos acertam um armistício: o verdadeiro inimigo é a Policia. Ou, no caso do Senado, a opinião pública. Porque eles não temem a policia. Nem a justiça. Eles só têm medo de perder eleição.

Diante do pacto de não agressão entre os dois bandos, resta-nos confiar nos ódios, nas invejas e nos ressentimentos das legiões de apadrinhados que estão perdendo a boca e se vingando de seus traidores. Que muitas falas perdidas encontrem seus alvos.

Diante da certeza de que eles vencerão, de que jamais pagarão por seus crimes, de que continuarão ricos e corruptos e até mesmo respeitáveis, resta-nos ridicularizar suas figuras toscas, seus figurinos grotescos, seus cabelos tingidos, suas caras botocadas. Para que suas esposas e amantes leiam, e seus filhos se envergonhem deles no colégio.

Como nós nos envergonhamos todo dia.
"

Yeah.

Quanto a tirar sarro de políticos, sou totalmente a favor - mas aí vai ler O Imperador que ele faz isso muito melhor que eu... (atenção: não é que ele faça isso BEM, é só muito melhor do que eu - heheh brincadeira, JC!)
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Um comentário:

Dani Vitrolinha disse...

Oi queridão tricolor...
Sabe que eu já me cansei dessa corja?

Beijo.