A petulância era praticamente a única característica de Gargoth que agradava Yvyvy. Ele mataria sem pestanejar qualquer outro que se dirigisse a ele daquela forma.
“Estou em busca do Tesouro dos Tesouros, meu caro. Procuro, sem mais delongas, os Sete Diamantes Negros.” Gargoth não riu. Todos em Ellemmon já tinham ouvido falar da lenda dos Sete Diamantes Negros, e sempre que alguém partia em busca de tal tesouro, virava motivo de chacota. Não havia indícios de que realmente existiam. Dos mais experientes guerreiros a gordos burgueses em busca de um pouco de aventura: todos os que partiam em busca desse tesouro voltavam de mãos vazias, bolsos vazios e com diversas cicatrizes por todo o corpo de lembrança – isso quando voltavam. Mas Gargoth sabia que Yvyvy não era qualquer um, e que sua proposta não deveria ser vista com leviandade. Seu semblante tornou-se sério. Yvyvy saboreou o momento por longos segundos antes de continuar.
“Eles se encontram longe, monstrinho. Longe demais para um velho necromante como eu.”
“Você não está se referindo AOS Sete Diamantes Negros, está?”
Yvyvy apenas sorriu.
“OS Sete Diamantes Negros? Criados pelo Lorde Raunos, e presenteados aos 7 Reis que governavam Ellemmon na Quarta Era? AQUELES Sete Diamantes Negros?” Yvyvy assentiu com a cabeça, divertindo-se muito com a situação e o choque de seu bizarro mercenário. Gargoth sentou-se - ou melhor, largou-se - em um pequeno banco, olhando fixamente para a lareira, que ardia.
Sussurrava para si mesmo, quase inaudível. “Powtaquepariw... os Sete Diamantes Negros... que possibilitaram a Raunos dominar toda Ellemmon! É realmente o Tesouro dos Tesouros...”
Yvyvy interviu: “Pois saiba que eles são guardados pelos mais temíveis monstros, e pelas mais perigosas armadilhas. Todas criadas por Masuran, o Sábio, vizir de Lorde Raunos. Aceita o desafio?”
Continua...
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