Comida VS Séquiço

Estava eu pensando com meus botões (exatamente, nada de bom pode sair disso, tcherto?), lembrando da minha criação católica apostólica romana e rachando o bico com o fato de que comida sempre foi algo legal, bem visto, que tinha que ter fartura e talz. Já séquiço é tabu, é sujo. Maquêcatzo??? Quem foi o gênio que teve ESSA idéia? Quem foi o eunuco maldito ou o brocha frustrado (disclêimer: nada contra eunucos malditos ou brochas frustrados. Aliás, acho que formam belos casais. /disclêimer off) que botou isso na cabeça do povo? “Comam a hora que quiserem, mas trepar só à noite, de luz apagada, só pra reprodução e só papai-e-mamãe.”

Mas estávamos, eu e outro anormal um amigo, imaginando como seria se a coisa fosse invertida. Pessoas seriam presas por atentado ao pudor se fossem pegas com uma pizza em público (já imagino uma velhinha correndo e gritando: “Ahhhh! É de pepperoni, é de pepperoni!!!”) ou comessem um prensado na calçada, mas seria totalmente normal dar uminha no Ibirapuera. Televisões de cachorro estariam guardadas em cubículos fechados e custaria uma grana pra poder entrar e dar uma beliscadinha, mas seria totalmente normal ver strips nas vitrines. E teríamos crescido assistindo “sexta ao molho pardo” ao invés de “sexta sexy” na Bandeirantes. As praças de alimentação de Shoppings CERTEZA que continuariam lotadas, mas teriam um significado totalmente diferente. heh

As cozinheiras seriam jogadas na ilegalidade, mas seria totalmente normal ser puta. A Bruna Surfistinha chamaria algo como “Bruna Fricassê de Espinafre” ou algo assim e teria fugido de casa para ganhar a vida cozinhando suflês, e se aposentaria após a “milésima refeição” que servisse.

Os pais diriam para os filhos que fazer um sanduba faria crescer pêlos nas mãos, e fazer uma omelete poderia te deixar cego. E as meninas teriam que casar sem nunca terem VISTO um fogão. E os maridos mais safados levariam as esposas para casa de suingue, onde poderiam ver a esposa cozinhar para outro, enquanto provam o espaguete alho e óleo da mulher do cara.

Fora que alguns xingamentos iriam mudar também. Tipo, alguns iam só abreviar: “Má tu é burro pra ALHO, hein, Zé?”, ou “Isso é legal pra ALHO, meu!”. Outros iam ter muito espaço pra criatividade em uma discussão: “Seu filho de uma Chef!” “É a tua!” “A tua é uma Chef de BANDEJÃO!” “Ah é?! A tua faz pudim de leite com cobertura!” e aí saíam no tapa, porque pudim de leite com cobertura é muita baixaria.

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...Powtz, por essas e outras que não se deve usar drogas. o.O